Indigestão

Por Sabrina Inserra

A semana não começou bem para Protógenes Queiroz, delegado (ou melhor, ex-delegado) da Polícia Federal. Afinal, não há chocolate que tire o gosto amargo da decisão da PF de afastá-lo do cargo por tempo indeterminado.

Protógenes, que está sendo julgado por ter participação em ações polítco-partidárias, continuará recebendo seu salário, porém não poderá realizar nenhuma atividade na polícia. Mas as regalias param por aí! Se ele for condenado, poderá ser até expulso da instituição.

O delegado ficou famoso por participar da Operação Satiagraha, que levou o banqueiro e "turista" de presídios Daniel Dantas à cadeia (lembram-se desse caso? Ele saiu, voltou, saiu de novo...) e estava servindo na Coordenação-Geral de Defesa Institucional.

Em depoimentos à CPI dos grampos, realizados na semana passada, Protógenes afirmou que a Agência Brasileira de Inteligência (o primo pobre brasileiro da CIA) colaborou em cerca de 160 ações da Polícia Federal e não só na polêmica Satiagraha. O delegado disse também que não investigou o filho do presidente Luis Inácio Lula da Silva, Fábio Luis, nem o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes e a ministra Dilma Roussef.

Algo me diz que essa história está muito mal contada. Ainda veremos muito do delegado por aí!