segunda-feira, 15 de junho de 2009

"Férias"

Por Henrique Esper

Para os estudantes final de semestre é sempre a mesma coisa: provas finais, entrega de trabalhos, rezas e simpatias para não pegar nenhuma recuperção (DP), e a anciosa espera pelas férias.

Pode parecer cedo, mas alguns alunos da USP (Unversidade de São Paulo) já estão de férias, só que lá eles chamam de greve!

Funcionários da universidade reivindicam 6% no aumento do salário, mais R$200,00 que devem ser incorporados em seus pagamentos mensais para reduzir 'injustiça social', além da demissão da reitora Suely Vilela e a readimissão de Claúdio Brandão, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), que foi demitido por justa causa após ter participado da invasão da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, na qual ameçou o acervo da biblioteca e pôs em risco a integridade física de funcionários.

Alguns estudantes aderiram a greve e, temendo que a reitoria fosse invadida e um prejuízo de R$ 346 mil fosse causado novamente (como ocorreu na greve de 2007), a reitora pediu à justiça que autorizasse a entrada da polícia militar no campus da faculdade para conter a manifestação e preservar a ordem, pedido que foi concedido.

Portanto, agora alunos e funcionários demandam, também, que a PM deixe a faculdade, pois, de acordo com eles, isto caracteriza "militarização do campus"

Por enquanto a greve continurá e, enquanto alguns alunos fazem reuniões, protestos e passeatas, outros estudam, e há aqueles que ficam em casa curtindo as "férias".

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