"Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, digam ao povo que fico". A frase célebre dita por D. Pedro poderia muito bem descrever o dia de hoje no Senado.
Após um bombardeio de denúncias, tanto por parte de seus colegas, quanto pela opinião pública, o presidente da Casa, José Sarney, disse que não deixará o cargo. Além de afirmar que irá cumprir o madato para o qual foi eleito, enfatizou suas obras de modernização no Congresso e nas audiências.
Em pronunciamento feito esta tarde no plenário, Sarney rebateu as acusações apresentadas pela oposição. Sobre os atos secretos, ele afirmou que não tinha conhecimento do que era publicado ou não e ainda comparou as ocorrências em sua gestão com a dos outros presidentes. Já sobre o nepotismo, a defesa se baseou na lista com os supostos contratados, muitos dos quais Sarney negou qualquer comprometimento. A exceção foi a contratação de uma sobrinha, cujo marido havia sido transferido para o Mato Grosso do Sul.
Após a tentativa de arquivamento, o caso foi para o Conselho de Ética, onde está sendo julgado.
Sarney tem se mostrado resistente e, assim como o ex-ocupador da cadeira da presidência da Casa, Renan Calheiros, não parece ter o menor desejo de passar o bastão para outra pessoa. A oposição já afirmou que não vai desistir até vê-lo afastado. Será que água mole em pedra dura...?
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